terça-feira, 28 de dezembro de 2010

hoje não me apetece

a- e hoje que me dizes a uma escapadela?
b- hoje não posso, e já é tarde, já viste bem as horas? ...
a- vá lá, vamos cedo para casa, é só um copo um café, um beijo ou uma rapidinha, um abraço ou uma mistura de corpos, tu escolhes, mas juro-te que é rápido!
b- a casa está quentinha e já estou de pijama, hoje não.
a pensa: engraçado, hoje não, ontem não, ante-ontem muito menos, amanhã nem pensar, telemóvel nem posso tocar-lhe e chamadas da 'mãe' só ele pode atender e longe de mim, engraçado, se não fosse real até dava uma piada.
a- está bem, amo-te. es só meu não és?
b- claro amor, amo-te.
a- ahahahahah, sabes?
b- sei o quê?
a- eu até podia acreditar em ti, mas hoje não me apetece.



a e b são letras escolhidas ao acaso.

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

devoraste-me!

A tua fúria comeu-me o peito como se ele fosse uma bolacha de chocolate, devorou-me cada pedaço de pele numa luta contra o amor; mas o ódio que convenceste de possuir comeu-me que nem um esfomeado o coração, arrancou-me as veias como que tubos de gomas, sugou-me o sangue como que quem bebe vodka, e pior que seres tornado num alcoólico anónimo, a meus olhos tornaste-te num monstro. Agora, quando chega á noite, tenho medo de encontrar os teus olhos pendurados em mim, tenho medo de ver a tua sombra na parede a vir na minha direção, tenho medo de sentir o teu calor ou de cheirar de novo o teu perfume, tenho medo de ver novamente a tua imagem em chamas a chamar por mim, ouvir a tua doce voz escondendo o teu verdadeiro ser.
 Acabou-se o jogo das escondidas ou o faz de conta, eu tenho medo disso tudo mas não é por ter medo de ti, é por ter medo de voltar a amar um monstro. Aliás, eu não tenho medo de amar um monstro e do que me possa acontecer, tenho vergonha,  porque à primeira todos caem mas á segunda só cai quem quer.

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Era uma vez.

era uma vez uma mente de sonhos e um coração desfeito, era uma vez um coração desfeito e um amor perdido, era uma vez um amor perdido e noites de pesadelos, era uma vez noites de pesadelos e imensas lágrimas, era uma vez imensas lágrimas e um sorriso partido, era uma vez um sorriso partido e uma mente de sonhos. Era uma vez uma história inacabada por falta de forças. Era uma vez a história de uma fugitiva do amor. Era uma vez a minha sádica e livre história.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

I believe.

.eu acredito em principes,
tu em fadas.
talvez eu seja uma apaixonada,
mas tu és uma transloucada.

eu acredito em amor á primeira vista,
tu acreditas em amor para sempre,
talvez eu não exista,
mas tu és crente.

eu acredito em línguas,
tu acreditas em lábios,
talvez eu seja de luas,
mas tu és pior que sábios.

talvez eu queira filmes ou telenovelas,
mas tu queres impossiveis,
porque eu acredito em amor á luz das velas,
enquanto que tu acreditas em amores perfeitos e invisiveis.
 
e hoje,
talvez tu não acredites numa unica palavra dele,
mas cagativo para o teu ser,
acredito eu.

domingo, 5 de dezembro de 2010

O homem perfeito: não bebe, não fuma, não grita á mulher, não a trata mal, não chega tarde a casa, não trai... enfim, não existe!

sábado, 4 de dezembro de 2010

qualquer dia páro e grito 'FODA-SE'.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

"Às vezes é preciso aprender a perder, a ouvir e não responder, a falar  sem nada dizer, a esconder o que mais queremos mostrar, a dar sem
receber, sem cobrar, sem reclamar. Às vezes é preciso respirar fundo e
esperar que o tempo nos indique o momento certo para falar e então
alinhar as ideias, usar a cabeça e esquecer o coração"

segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Caracterizas-te como um labirinto cheio de por rabiscos, visto que és confuso e sem sentido, perdes-te em ti e fazes-me perder em ti também,



e por mais que lute NÃO consigo encontrar a saída.


 
 
 
 
ás vezes o meu maior medo é o medo que tenho de mim.

M!



Vives na consciência de seres diferente, mas eu também não te queria igual, não terias piada.

M para ti pode ser uma letra, mas M para mim faz parte do essêncial, ...

sábado, 27 de novembro de 2010

passados.


Começo a dar razão á crueldade do tempo, e valor á inocência da criança que queria voltar a ser. Tudo era tão fácil quando os meus ken's eram só meus; Agora o meu ken troca-me sempre por outra barbie. A idade não perdoa mas eu também não.









Fui mais uma carta do teu baralho deixada ao acaso num chão sujo, torceste-me e contorceste-me o corpo e o coração. A prova está dada, és homem.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

É amor?

Lá estava eu, mais uma vez diante dele, sem nada a dizer, respirei fundo e dei um passo em frente, como que corajosa, mas por dentro até os dentes me tremiam, (neste momento ele perguntou-se e pediu em si para que lhe respondesse: porque está ela a fazer isto? -E eu só lhe peço para que não me pergunte isso.); Sinceramente não sei o que temi, ele nunca fez parte do meu caminho apesar de ter conquistado pedaços do meu coração e do meu sorrriso, não merece uma folha do meu jardim, nem um minuto que o meu relógio conta com rigor e coragem, digamos que não é facil conseguir que o tempo passe, mas essa ardua tarefa deixa-a no meu pulso bem longe do meu coração, esse ignora os ponteiros e desde à muito que parou no tempo. Sabes? Na verdade, já disse ama-lo; mas que sei eu sobre isso? Sou apenas uma criança que se perde entre questões e que nem uma vaga ideia do que é o amor tem; como todas as crianças iludidas, penso saber, defendo as minhas ideias numa luta de palavras, digo ja ter amado, digo saber o que é o amor mesmo sabendo que não sei; e no fundo admito para mim que não sei mesmo, mas nem tenho curiosidade em saber.
Ontem dizia que por ti dava o mundo, ontem dizia para me dares amor, mas hoje não te dou uma pequena veia do meu coração, hoje sou dona de mim e hoje não tenho medo de admitir que tudo foi em vão.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Quem me dera

Quem me dera multiplicar as alegrias em mil,
Quem me dera dividir as tristezas em mil e uns,
Quem me dera que nesta cabeça indignada,
Não fossem tantas as confusões por homens comuns.

Queria transformar sorrisos,
Em paixão,
Queria fazer desses pequenos carinhos,
Letra da minha canção.

Eles dizem 'nothing is forever',
Mas na minha filosofia,
Eu aprendi a acreditar,
Contigo faço o impossivel,
E contigo é como ir ao céu e voltar.

Na verdade,
Se pudesse entrar no teu mundo
Fazia dele meu,
Sabia bem nessa tua mania que vem do fundo,
Encontrar o amor que sentes por mim
E fazer dele chérri no topo bolo que já não seria só teu.

Meu amor quem me dera que tudo,
Fosse eterno e perfeito,
Sem excepções, sem um mundo mudo,
Em seu jeito, contido,
E contigo para que tudo fizesse sentido ao luar.

Quem me dera dizer que te odeio
Naquele meu jeito de amar
Mas eu não consigo
E o que sinto é mesmo o amor de odiar.

Quem me dera que nunca tivesses aparecido,
Quem me dera que de certa forma não fizesses parte do meu olhar,
Ps: Porque no fundo eu sei como vai acabar.

domingo, 5 de setembro de 2010

e é assim,

A relva cresceu e parou-me,
O vento zumbiu forte e travou-me,
tu apareceste e sorriste,
mas nao confiei e como esperava,
tu fraco, fugiste.

As palavras vindas de ti
perderam agora o sentido,
e a tua voz?
é só mais um gemido.

Eu fartei-me dos teus jogos,
eu fartei-me das tuas promessas,
dos teus insólitos,
da falta de peças.

Se algum dia pedir que voltes,
não venhas!
Se algum dia pedir que me ouças,
revolta-te!
Se algum dia disser que te amo,
apenas beija-me e solta-te!

Eu sufoco-me entre almofadas,
eu iludo-me e digo-me que um dia mato-te,
eu corro e desespero entre espadas,
mas, hoje eu digo: eu amo-te.

terça-feira, 31 de agosto de 2010

A última viagem (!)

Apesar de tudo sinto-me uma mulher de sorte, afinal, quantos não dariam qualquer coisa para hoje acordar e pensar "ontem foi só mais um dia" ?
Começo a pensar que me submeti a grandes tensões causadas por mim própria sem necessidade e acabei sentada num assento de um carro numa longa viagem sem destino, sentindo-me agora fútil porém viva; eu vou pedindo para que a viagem chegue ao fim e possa sair daquele carro para aproveitar aquele que pode ser o meu último dia; mas o tempo joga contra mim e o motor do carro tende a me contrariar, o cheiro a gasolina percorre todos os milímetros do carro e invade o meu nariz mas nem assim apaga o rasto do perfume que ele deixou em mim e que implora agora para ficar; o conta-kilometros vai batendo em oco, e eu sinto e sei que a viagem só pode ter um fim, eu sei que o carro só vai parar quando for travado, e eu sei que esta é a minha última viagem no passado a decorrer num duro presente, o futuro trata-se de segundos... E de repente, o futuro trata-se de nada; passaram os segundos e o carro voou , a minha cabeça quis ficar e o meu corpo quis ir acabando por se despedaçar como uma folha de papel cortada em pequenos papeizinhos, numa mistura de traços encarnados e redes de bocados de mim.
E eu sabia, todas as viagens tem um fim e todas as vidas acabam assim.

domingo, 29 de agosto de 2010

e eu nunca deixei de acreditar(?)

Só agora começo a perceber a falta que me fazes, o espaço em branco que ocupas em mim, só agora percebo a falta daquele quente em meus braços, a falta da atenção em meus olhos, a falta do bater do meu coração.
Nunca gostei de jogos fáceis e tu foste tudo menos isso, eras para mim aquele ciclo misterioso recheado de inigmas e palavras de labirintos. Sabes o que me deu força? Foram todos aqueles dias que olhei para a minha parede e encontrei aquelas letras, e encontrei aquela frase, que com o tempo se foram desfazendo, de "e eu nunca deixei de acreditar" restam agora marcas que a tua alma não conseguiu apagar; é horrivel sentirmo-nos inferiores e saber que o topo é inancansavel, e que para sempre estaremos presas neste chão de promessas inacados e sonhos desfeitos, incapazes de despertar aquele sino lá no alto, incapazes de lutar por um sinal.
Cheguei perto disso, juro, em que milhões de vezes repetiu-se-me ao ouvido "para sempre meu, para sempre teu, para sempre nosso" assim como milhões de vezes tentei retirar a voz dos meus ouvidos e acordar de olhos fechados, cega para o mundo, surda para a tua voz, sem olfacto para o teu perfume, sem lábios para a tentação.
Eu cansei-me e sentei-me de novo no chão, mas prometo, é só uma fase de confusão, tudo o que tem acontecido não passa de uma 'fase'; não se pode ter tudo, não é assim?

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

palavras sem porquê

Gostava de poder descrever simples sensações e arrepios que em mim se estendem, não é que seja dificil de explicar mas eu não consigo, não por falta de vontade mas de força, parece que as palavras se prendem na garganta, não sei se por medo ou ansiedade, não sei se de calor ou frio, mas elas não saem.
Quando eu tremo não tenho frio, é esse tal bicho, que intolerávelmente e incontrolávelmente me invade, nunca soube o que tem contra mim, mas a verdade é que não me quer bem, e eu fujo mas nunca a tempo, fugir dele são como forças gastas sem motivo, são forças sem porquê, explicadas por palavras sem porquê.
Queria explicar-te o meu gostar com essas tais palavras mas nem elas chegariam, eu poderia acreditar que conseguia mas seria um erro, e eu só quero, só quero ser livre, sem bichos, sem pessoas crueis, sem sentimentos persceptiveis, e eu só queria, só queria ser feliz.
Eu procuro sinais e espero por ti, eu solto os braços e choro em mim.
Podia dizer que sou uma pessoa concretizada, mas estaria a mentir, falta uma peça, alias, faltam muitas, e faltam pesças, peças que ja eram de mim.
A minha parede está vazia e o meu chão inacabado e eu estou sozinha, sozinha a ver o mar, porque não há outro sitio que se adeque a mim, porque eu sei, eu sei que estas ondas foram feitas para mim, só nao te sei explicar porquê.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

vives num mundo de escolha,
vives num mundo de espera,
se gritares bem alto ouves o teu eco,
se ouvires com atenção ouves a tua respiração,
se olhares com força ves a tua revolta.
e sentas-te de novo,
uma nova espera,
uma nova esperança,
um novo senão.
dizes ter força mas não,
eu seguro-te e tu recusas,
eu beijo-te e tu abusas
dizendo-me aos ouvidos "CABRÃO!"
explicas de seguida:
"- Cabrão, seu cabrão,
eu aviso-te no dia, no dia
em que não me ocupares o coração."
- E até lá?
"-Até lá, vou vivendo nesta incognita de paixão.
contigo por mares, contigo cansada de não's."

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Tarde demais.

E agora que parti?
As chuvas partiram-se em duas,
As aves bateram no chão,
Tu choraste a meus pés mas tu sabes,
Tu nunca terás o perdão.

Bem vejo porque caminhos ando,
Bem vejo os traços que me deixaste,
Mas não, eu não os vou seguir,
Porque tu meu amor, tu nunca me amaste.

Segurança é o que te vai,
Quando os meus olhos cruzam com os teus,
Mando-te olhares de arrogância
E mesmo assim tu não dás importância,
E continuas lutando
Para que consigas o comando
Que não é teu.

Mas hoje caí
E tu não estavas lá,
Eu chamei por ti,
Mas não te vi.
E do fundo me gritaste:
'Os meus olhos cansaram-se de sorrir,
A minha boca cansou-se de esperar,
E os meus braços morreram de desespero
Em te querer abraçar.
Agora és tu, és tu quem está sozinha,
Es tu, tu e a tua arrogânciazinha.
Teus cabelos queimarão-se
Com as pragas que me deitaste,
Teus olhos chorarão
Por cada dor no peito que me provocaste.
Adeus, é a despedida meu amor,
Adeus, que sintas um dia metade da minha dor,
Adeus, que rezes por um quinto do meu amor.'


-obrigado pela correção Pikito (:

é como um puzzle.

Sabes bem que as forças e os sorrisos esgotam, sabes o quanto custa estar no chão de poeiras, quanto custam as pernas andar sem parar. E depois tu desfazes-te no chão, tornas-te no que sempre foste por dentro, um puzzle que faltam sempre peças para se encaixarem, tu ficas sempre imcompleto. Não, não vou dizer que és o único; também em mim as peças faltam, já não falando de toas as que vão ficando para trás quando percorro certos caminhos de obstáculos. Também eu já perdi uma parte das peças do coração como tu, e ainda hoje as procuro por entre florestas e mares, por entre passeios e estradas, essas peças que foram ficando para trás.
Sinceramente, acho que foste tu que as guardaste no teu cofre, como se não suportasses que já não te pertencessem, quando na verdade essas peças nunca foram tuas, o meu coração nunca foi teu, sempre foi meu, sempre fui dona de mim própria e para sempre serei.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Querias, mas.

Chega-te, toca-me e sente,
Levemente o coração bate na tua cantiga,
Aí dentro o amor que sentes,
O amor de que sou mais que tua amiga,
Que na calada da musica
Eu encho o teu peito de calor,
Que na calada da musica fazes beicinho
E pedes amor.

Nas ruas te perdes,
Em mim te encontras,
No coração que tanto cedes,
Em mim que tanto pedes,
Na tua alma feita de montras,
Na alma do vazio que montas;
Que as mãos te caiam na ultima carta,
Que o chão desabafe bem feroz no teu ultimo passo,
Que o amanhã não chegue,
Que o teu pesadelo, o tal que te persegue,
Não páre, e pelo contrário, que te atormente e leve!

Lembranças que terás,
Serão suspiros meus de adeus,
Melodias que ouvirás,
Serão de caminhos só teus.

Ilusões foram tuas, 
Tua será a dor,
E meu amor,
Tantas vezes eu te avisei,
Não sou tua e jamais serei.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

mais que um jogo

Há necessidades na vida que não podemos conter, assim como há ilusões que não podemos evitar, por mais duras que sejam, por mais irreais que sejam, elas invadem-nos sem nos dar escolha, explicação, justificação, simplesmente aparecem.
Acabo por fechar os olhos de tanto cansaço, de tanto chorar, e vejo o que temia, o teu rosto aparece-me de novo com o maior sorriso de vingança e traíção que já vi na minha vida.
Admito, é verdade que tu não me traís-te, mas traís-te o meu coração, trocaste-o e baralhaste-o como se fosse um baralho de cartas; e como se isso não bastasse, ainda o manipulas-te para que ficasses com o melhor jogo, com o que pretendias, nem que tivesses que jogar sujo.
Depois da vitória, de esquemas e truques falsos com parceiros bem "pagos", limitas-te a deixar, deixar a carta mais valiosa, o meu coração, em cima da mesa suja junta do prato dos tremoços e do copo de cerveja como se nada valesse. Ganhas-te a partida mas o jogo ainda não acabou, espera-te a desforra que é sempre melhor, dolorosa, vingativa e valiosa.
Sou mais que um "baralho de cartas" (...)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

lógica masculina.

Não é por acaso que quando te pergunto quem és me olhas com frieza e quando me perguntas quem eu sou me olhas com certeza, não é por acaso que aquele comboio parou ao passar por mim quando ias lá dentro, ou então não foi por acaso que o avião não descolou; simplesmente não percebo porque é que a relva é verde e não azul, não percebo qual é a lógica do amor, não percebo o porquê da inconsciências dos actos, o porquê das portas se fecharem quando se abrem as janelas no momento em que deveriam haver sempre dois caminhos.
Certamente já perguntaste porque não parti sem ti, ou como é que os meus olhos não perderam a cor de tanto choro; por inteligência e lógica perguntaste o que vi em ti; mas por influência, corpo e mente masculina afirmaste a beleza como o ponte forte do amor.
Talvez tenhas riscado o meu nome algures mas fica descansado que tudo o tempo leva, e se o tempo não levar algum detergente ou chuva irá poupar-lhe o trabalho.
Lembro do dia em que disses-te que tinhas gravado o meu nome no teu coração, isso é impossivel e daqui a dias já te esqueceste disso e daquelas tardes de verão (...)

MEDO

Hoje o medo invadiu-me por entre as veias, gritou-me aos ouvidos o terror, pegou na minha alma e 'violou-a' sem medos como só o medo o sabe fazer, e eu temi, temi e gritei baixinho para que nao fosse descoberta "socorrooo", e então o medo voltou mais forte que nunca, ameaçou-me e disse-me ao ouvido 'o melhor de hoje pode ser sempre o pior de amanhã', e sozinha num escuro só meu, nas ruas que me assombraram desde pequenina, nessas ruas escorreguei, caí e bati de cu, bati de cabeça, bati de coração. E nesse momento perguntei:
- Medo onde estás tu?
ao qual me respondeu em arrepios gélidos de dor.
E aí eu berrei, berrei como se o céu não tivesse fim, como se o medo não estivesse a olhar-me com cara de mau, eu berrei 'larga-me medo, larga quem não é tua, deixa viver quem tem vida, deixa bater descansado o meu coração!', mas ele continuou determinado em me rebaixar a um ponto tão profundo como se me atirasse para um poço bem fundo, e então, bati com o pé no chão e a chorar ditei 'Sai, sai oh medo que afugenta o meu corpo e o meu coração!'

E segui na tal rua, como a minha mãe dizia "sem medos."

domingo, 27 de junho de 2010

bastou um dia!

aquela areia que me enche de força, aquele mar que me põe a sorrir, a melhor companhia de praia, aquela pessoa que me faz ficar nos céus; podia estar melhor? não *-*
ya, perdi o medo de um cão ahaha, tuisca (:

quarta-feira, 23 de junho de 2010

mesmo que!

sim, eu sei que um dia vou-me arrepender disto, e sei que já faltou mais para esse dia, eu sei que no fundo mereço melhor que tu, eu sei que vou sofrer, eu sei ...
e mesmo assim eu continuo com olhos de cega, continuo a querer sentir-te ao meu lado, continuo a querer ter momentos contigo, continuo ...
sou fraca mas forte, e vou sentar-me á tua espera nesta rua mesmo que não apareças, a lutar pelo impossivel, a querer coisas inconseguiveis, quer chova quer faça sol eu vou esperar lá por ti, (...)

sexta-feira, 18 de junho de 2010

sim, fala.

Fala, fala agora, fala logo e talvez depois outra vez. Oh, fala sem parar como se o tempo não andasse, como se o corpo não se mexesse, como se quem estivesse ao lado não se aborrecesse. E ensina-me, ensina-me a viver de novo, explica-me as novas regras, as casas pelas quais não devo passar, as prisões onde não devo ir parar, dá-me o dinheiro do monopólio e ensina-me a contar a numeração do amor, como se sentimos fosse algeria, euros sentimentos e milhões amor, ensina-me o aeiou do teu coração para eu poder preenche-lo de certos e rabiscos de paixão.
Sente e ajuda-me a sentir a tua pulsação.
Oh, que sejam minhas as tuas palavras e meu o teu coração, que se amanhã não me levantar também amanhã eu vou continuar a te amar. Pode vir quem quiser, podem vir forças superficiais, podem vir relâmpagos do tecto ou terramotos do fundo do mar que eu vou simplesmente olhar, vou olhar e vou ver-te á minha frente, não para sempre mas por momentos que colidem com o meu coração. Sempre foste pedra e eu diamante, sempre batemos pedra com pedra, sempre foi com determinação.
Tudo o que vem vai mas tudo o que vai vem, e só tu, só tu permaneces; e não, não digo isto de alma leve pois neste momento me enche o peito de raiva e grito 'DESAPARECE!'

foi

Até hoje eu acreditei no impossivel, mas hoje, hoje vi as torres caírem à minha frente e vi o meu coração em minhas mãos a pulsar a mais de cem à hora como se tivesse a pressa de ir para algum sitio. Deixei de acreditar em fadas, em principes, em lugares do além. Hoje acordei e disse para mim 'acabou!', fartei-me de jogos e de palavras sem porquê, de palhaços fora do circo, de olhares vagabundos longínquos, fartei-me, olhei para o longe e segui, mais uma vez, sem destino.
'Entreguei-me ao destino de uma vez por todas para hoje dizer que vou embora, pois, já não sou nada.' IM.

Juro.

Juro, juro que ás vezes os meus pensamentos se entrelaçam em nós dififceis e dolerosos com o olhar que com olhos de ver, olha para o mundo, para encruzilhadas que me rodeiam, para mares que teimam em brincar comigo sempre com uma segunda intenção, como acontece com toda a gente nos ultimos tempos; ninguém dá nada a ninguém, nem a alma, há sempre algo por detrás, algo frio, algo gélido que a meu ver e no meu peito que se encosta atrás, ultrapassa o horrível.
Já houve tempos em que vi a verdade, em que vi amor, em que vi corações saltarem fora do peito e beijos a entrarem pela alma adentro deixando o seu rasto por lá, em que vi o verdadeiro amor. Hoje não, hoje já não acredito em nada disso, metade dos sorrisos são forçados, já não vejo e raramente encontro uma pessoa, sim, porque neste mundo de animais e de selvagens, de indigenas e de gente falsa, estao em vias de extinção as verdadeiras pessoas, aquelas que falam com um sorriso, que vão embora com um sorriso e que choram quando tem razão.
Jã faltam braços estendidos de apoio, faltam ruas onde nao se sinta o cheiro da amargura que 'eles' vão deixando para trás, faltam bancos para conviver, falta música de felicidade, falta alguém de verdade.
Sabes? É nesses momentos que me dá uma vontade enorme de correr, correr até o meu corpo estar derretido em água, até as minhas pernas se colarem ao chão, até a minha voz não conseguir pedir mais socorro, até os ossos estalarem, os sorrisos quebrarem, o coração parar, até estar longe dum mundo que nem dado queria que fosse meu, mas infelizmente, é.
E depois dos apetites peço bem para dentro de mim, com toda a força que tenho e nao tenho, com todo o querer, que venha uma corrente de vento muito forte, que me leve bem para longe, que me faça voar como se fosse a criança de à uns anos que acreditava nessa magia, que acreditava que os pés não são só feitos para andar no chão, que acreditava em milgares, em felizes para sempre, em amor. A criança que hoje já nao sou, a que deixou os sonhos para trás e viu a vida à frente.
E eu continuo a achar que os problemas está nos outros e não em mim, não por ser egoísta nem orgulhosa que não o sou, apenas a minha mãe fez-me com olhos (...).
E eu continuo viva, infelizmente.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

sinais de vida

Chamaram por mim muito alto ontem, olhei para trás, olhei para a frente, olhei para os lados, olhei para cima, olhei para baixo, olhei para sitios escondidos, para lugares assombrados, olhei para aqui para ali e para acolá, mas nada, ninguém, nem sinais de vida, nem sinais de existencia, apenas o vento se ouvia a passar por mim, a rua estava deserta, o céu estava escuro, lá ao fundo trovoava, cá ao perto era granizo imundo. Tinha casa, tinha chaves, mas que valia se lá dentro estava sozinha? De que vale uma casa sem pessoas? De que vale uma família sem ninguém? O que vale uma pessoa sem um sorriso? O que vale um homem sem mulher? De que vale chorar se nada muda? Mas perguntar não ajuda, e sozinha a gente me vê, porque não há mal que fuja e bem que ficar prevê. De que vale chamar bomba ao coração se ele acaba por parar? De que vale ser o céu azul se não lhe posso tocar? E eu só queria dizer que nesta rua acabo por fazer, fazer almas cruas no chão, raptar corpos e chamar pelo seu coração, porque eu posso ser fraca e perder mas nesta solidão não quero morrer.

domingo, 25 de abril de 2010

melhor amigo.

melhor amigo, as palavras começam a esgotar-se de vez, nao vou agradecer mas vou-te sorrir com todas as forças, o sorriso mais verdadeiro que ja viste e que vai valer por todos os agradecimentos que dei ou que ficaram por dar.
As vezes ponho-me a pensar seriamente de onde e como veio esta amizade mas perco-me sempre entre momentos e nossas conversas, entre coisas que fomos passando e nunca consigo chegar ao inicio.
é incrivel o que sinto ao chamar-te melhor amigo, é como uma proteçao, uma presença sempre ao meu lado para me ajudar, para me levantar a cabeça, estender-me a mao, para gozar comigo e ouvir rancho nos piores momentos.
tornaste-te numa chamada dependencia mas uma boa dependencia, um bom vicio, a quem conto tudo mesmo.
é quando tenho medo que me acalmas mesmo que estejas ocupado, é quando estou a cair que me seguras, é quando estou no chao que tu me levantas, é quando vou a chorar que nao me deixas, és o motivo de muito dos meus risos e sorrisos, o que chama pelo cumulo da minha estupidez.
E se houve pessoa que sinto que tenho medo de perder mas que sinto que nao se afasta de mim, essa pessoa es tu.
E quando dizes que es feio pensa bem no que dizes porque tu es lindo, tanto por dentro como por fora Afonso, tu és o sonho de qualquer rapariga (tirando o meu que é outro ahaha). Es a pessoa que eu orgulho-me de dizer que é o meu melhor amigo e que está sempre lá mesmo nao estando.


vê se te lembras em todos os momentos disto* :
' AfonsoRodrigues diz: Sabes o que é ser um verdadeiro lutador ?

.Inêês diz: diz.
' AfonsoRodrigues diz: É quando se sabe que estamos mal , mas esquecemos os lados negativos e pensamos nos positivos. É assim que se luta , não é como nós fazemos. Dizemos sempre que não somos fortes e blá blá blá , mas se nós quisermos , se nós tivermos garra , se nós trabalhamos/lutarmos conseguimos tudo e mais alguma coisa , basta querer para ter.


e se precisares volto-te a dizer os grupos todos de que faço parte, volto a dizer que es um estupido e um parvo, volto a pedir para me contares e ouvir que sou cusca, volto a ser a ultima, volto a ganhar-te nas damas, volto a deixar que tu voltes a chamar-me Carlinha Inex ou inesped, e volto a dizer que te amo mesmo melhor amigo , Afonso Ribeiro Rodrigues, és e serás sempre e apesar de tudo o melhor. <3
e nao te esqueças, desistir é para fracos, chorar é para todos, ter é para fortes, cada um tem o que merece e nem tudo o que parece é; tu es forte e mereces tudo, só tens que esperar pelo momento certo para tudo, e eu vou estar sempre lá para te apoiar.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Guerra diária.

As vezes torna-se dificil procurar incansavelmente, torna-se dificil respirar, torna-se dificil manter o equilibrio, estar de pé ou simplesmente nao tremer, as vezes complicam-se as dores e inveitavelmente certas vezes vêem as lágrimas a mais que o canto do olho, nao é fácil tornar a nossa cara um chafariz mas nao é facil aguentar a espada no coraçao, não é facil levar com a bala sem ir para a guerra mas mais dificil é perceber que só a vida é uma guerra, da qual não podemos fugir, não chamaria de destino nem o que tenho chamo de medo, talvez seja essa a verdade mas tenta não a revelar a ninguém nem a mim mesma.
Prefiro apenas dizer que é futuro incerto talvez traçado por passos e contra passos feitos pelo ladrão que tantas vees tentou roubar por aí pertences e sangue de qualquer pessoa e ainda hoje me assombra o coraçao. E não tenho medo mas sinto um friozinho na barriga, mas este não é de fracos mas sim de sobreviventes.
Encosto-me à parede, está fria tal como o chão onde ostou sentada, a parede está a perder a tinta como o meu coraço perde as forças, posso pintar a parede com a minha vontade, aquecer o chao com o meu corpo, iluminar o quarto com o lume do meu ar, decorar com o que tenho em mim, revela-lo com o meu amor, mas nao posso ver forças porque estão para lá do que eu consigo agarrar, do que me pertence, do que o querer, do que se vê e neste momento do que se sente, pelo menos eu nao as sinto.

E a proposito de guerra queria dizer,


Que a guerra é vida estragada ao dever
Guerra é servir a dor e nao sofrer
Guerra é dar vida pelos outros
Sem uma vez gemer.

Guerra é carne viva
Em viva carne bater
É balas em saída
E céu de entrada sabida.

Guerra que mil olhos faz chorar
Guerra que milhoes de corpos faz cair
Guerra que destroi bilioes de vidas em redor
Guerra cinca letras, um terror.

Guerra,
É a tremer que se levanta
É a sangrar que se cai
É com medo que o peito canta
É com angustia que se despede a alma santa.

Para ir à guerra é preciso saber tres coisas:
Primeiro honrar
Segundo lutar
E terceiro morrer.

Guerra é muito mais que paciencia,
Guerra é a lei de sobrevivencia.

Quem vai à guerra, dá e leva (...)

sábado, 10 de abril de 2010

tens 10 minutos

Olha-me nos olhos e vê o que ninguém é capaz de ver, sente o que eu sinto, lê o que vai na minha mente, olha para mim e não penses em vão, reflete em cada palavra, vibra com cada sentimento, sente com cada sensação.
Tens 10 minutos, dou-te 10 minutos de mim, mas por favor não os gastes sem senão, dou-te 10 minutos para falares, 10 minutos para olhares, 10 minutos para pensares, agires e relembrares. E não me perguntes porquê, nunca irei saber a razão.

Mas olha, toca-me na pele devagar, muito devagar que eu sou frágil, apesar de que toque que é teu não magoa. Abraça-me então, grita comigo ao mundo o nosso momento, e mete a mão junto ao meu peito, tenta chegar com a mão ao meu coração, acredita, o que vais sentir é mais que uma mera pulsação. Não costumo fazer pedidos, não costumo ser crente nem acreditar em superstição mas quero-te pedir para que nunca me uses nem ames em vão.

viver em vez de existir*

Hoje rio-me como se não houvesse amanha, não me importa o que dizes para aí, hoje ninguém me estraga a felicidade. Voltei a ser eu depois de meses a vaguear por locais aos quais eu própria desconheço, depois de meses a ser uma pessoa que não era eu, a usar um sorriso que não me pertencia, um humor ao qual eu não combinava, palavras das quais se fosse mesmo eu a dizê-las mal as visse fugia. Mas hoje voltei, voltaram os ataques de riso sem motivo, voltaram os risos sem porquê, o bom humor nos piores momentos. Hoje voltou a vontade de viver. Que saudades tinha eu do cheiro da vida, dos pensamentos habituais, do sabor da felicidade, do odor da perfeição.
Hoje confesso em voz alta em frente a quem me quiser ouvir uma só frase qu descreve a minha mudança: 'se as paredes tivessem ouvidos e os pensamentos tivessem boca (...)', e volto a sorrir, para bom entendedor meia palavra basta.

Simplesmente.

Acho que ninguém é perfeito e acho que ninguém sabe o verdadeiro significado de amar, acho que as estradas não são pretas mas sim o alcatrão, e acho que o mar nao é só água a passear, acho que o céu não é azul assim o mar nao é espuma azul, acho que a indiferença não me comove muito menos os berros me assustem, não sou dama nem raínha mas não sou pedra nem formiguinha. A minha mãe diz que sou assim-assim, eu acho que sou feita de mim.
Os boatos não me ofendem só me trazem á realidade, as criticas não me abaixam apenas me melhoram, todos os que me tentam pôr abaixo da terra não o conseguem nem tão pouco me desnimam e são chamados de ridiculos porque tudo o que dizem para mim é palha em veículos. O que são palavrões para mim são elogios, e as bocas são mais umas para a coleção, tenho orelhas moucas, tenho ouvidos surdos, vejo mal mas a minha boca não cala e de todo não sou um pãozinho sem sal que acaba na mala.

A inveja é um sentimento muito feio.

Fala mal de mim nas costas fala, já que na cara me amas, dá-me facadas por trás, diz-me que sou falsa mesmo sabendo que não o sou, diz que o meu sorriso é sinico mesmo quando achas que é puro, diz que sou interesseira quando tens a plena noção que só vejo a amizade e não os bens, diz que invejo todos mesmo sabendo que não invejo ninguém, diz que falo mal das pessoas nas costas quando nunca o faço, mas no fundo como queres ser eu confundes-te comigo. Mas depois não venhas com falinhas mansas, não venhas com desculpas, não venhas com blábláblá, depois não venhas pedir o meu ombro nem sequer a minha mão. Depois chora para que eu olhe para ti, mata-te para que eu pense no teu perdão, depois não sejas falsa e ao menos percebe como foste ridicula e como não só perdes-te a cabeça como o meu coração.
Porque quando abres essa boca para mim o que sai é merda, quando abres o coração só se vê inveja, e quando olho para ti não passas de treta.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ontem, hoje e amanha.

Já pedi para voar mas não me deixaram, sonhei poder ler os pensamentos das pessoas mas não se chegou a concretizar. Ontem quis tornar-me pedra, quis ser pedra para ser dura e resistir a tudo, infelizmente eu quis mas não tive, continuo um ser frágil, inutil como todos, mas que chora sem esconder; Sou louca por natureza, ridicula por defeito, desastrada como a minha mãe, faço o mesmo que o meu irmão, e tento ser filha do meu pai, não me calo por ser assim, não páro porque não consigo, e sou telepática por signo, tudo o que sou sou, tudo o que não sou nem sempre venero assim como nem sempre desprezo.
Hoje queria virar-me ao contrário, queria virar monstro para a dor se assustar e fugir, não queria ser a lua e viver sozinha, mas queria ser grande e ser alguém, queria berrar bem alto tudo o que se esconde dentro de mim, contar a toda a gente a revolta que por cada vaso sanguineo passa, queria ajudar quem mais precisa, queria ser vista em vez de ser olhada, hoje queria encontrar verdadeiros sentimentos que por aí vagueiam.
Amanha vou tapar os ouvidos para o que está á minha volta, vou ignorar os invejosos, amar quem me odeia, venerar quem me despreza, há quem diga que sou defeciente, há quem diga que sou estranha, há quem me chame mil e uma coisas porém eu só preciso de uma palavra: diferença (...).

domingo, 4 de abril de 2010

amizade tem final?

Há coisas que não se consegue descrever, apenas se sente.
"Passou-se um ano de convivência, que hoje me parece ter sido vivido em vão. Custa-me a acreditar que seja assim tão fácil descartar as pessoas, então tento-me convencer que talvez tenha sido apenas por uma questão de mudança. Contudo, é impossível escapar à sensação de que á uns meses atrás tudo era completamente diferente. De que não havia nada que eu fizesse sem te perguntar primeiro “O que achas?”. Não havia um dia que eu conseguisse aguentar sem falar contigo, muito menos chatear-me contigo, tempos em que julgava que nada merecia estar acima da nossa amizade. Hoje dou por mim a viver numa realidade que no passado foi o meu maior medo. Tudo mudou, ou quase tudo. A saudade, essa sim, continua a fazer-se sentir de cada vez que vejo uma foto tua ou leio algo que escrevemos, e embora já não faça nenhum sentido sinto as lágrimas a espreitar dos meus olhos. Sinto saudades de todas as novas conversas, desde as mais realistas e tocantes até aquelas que não tinham qualquer fundamento mas me animavam o dia. Sinto saudades do teu apoio incondicional, naqueles momentos em que me sentia absolutamente triste e sozinha e tu conseguias sempre roubar-me um sorriso do rosto. Sinto saudades da tua força insuperável, que chegava para ti e sobrava para mim e me fazia lutar por aquilo que queria. Sinto saudades dos teus abraços, que não eram especiais pelo tempo ou pela intensidade com que eram vividos, mas sim por serem pouco habituais, uma descarga dos muitos que éramos privadas de dar. Sinto saudades de te poder ligar a qualquer hora, mesmo que não fosse uma necessidade nesse momento, de te poder contar a minha vida toda do inicio ao fim com a certeza de que estavas a ouvir com interesse. Sinto saudades das loucuras que cometíamos juntas ‘melhor amiga’. Contigo compreendi que a confiança, a união e a verdade não existem por acaso numa amizade, são alguns dos valores que distinguem uma amizade verdadeira de uma farsa. Tenho pena, tanta pena de dizer isto, mas acho que de repente, alguns desses valores se perderam, entre nós. Ainda maior que a pena, é a vontade que ainda tenho de voltar atrás no tempo e ter-te novamente comigo, sempre. Mas talvez isso não seja fácil para nenhuma das duas. Tanto se passou nas nossas vidas desde o momento em que nos separamos até hoje, que é impossível continuar a construir aquilo que deixamos pelo caminho. A única solução é começar tudo de novo. Mas até essa hipótese parece difícil de realizar, afinal de contas o nosso presente é uma constante recordação do passado. Gostava de puder voltar a partilhar contigo novas experiências, e não estar sempre a relembrar as que já la vão, mas é difícil. Tenho tantas incertezas, quem me dera ter-te contado mais cedo algumas delas, mas o tempo não volta atrás. A única certeza que tenho é que jamais esquecerei aquele que foi o nosso passado e de certa forma será o nosso presente e o nosso futuro em memórias.
Pintarola vermelha x)"
Da pintarola amarela, patanisca e melhor amiga <3
 
- Acredita que não esqueci uma unica coisa, chorei e choro ainda hoje por nós e sabes bem que nunca deixarei de acreditar na nossa amizade, acima de tudo e todos.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Perdao, medo, fim.


As vezes perdemos completamente a noçao das coisas, de quem somos e do que queremos. As vezes passamos dias e dias a pedir desculpas e nem essas chegam, todos erramos, talvez por nao estarmos mesmo em nós quando fazemos certas coisas,e depois arrependemo-nos, choramos e choramos pelo erro mas ninguém ouve aquele choro que é tao nosso, ninguém percebe a palavra arrependimento, entre desculpas e lágrimas as forças vao-se perdendo. Já nao me sinto capaz de lutar sem ninguém do meu lado, já nao consigo olhar-me ao espelho e ver quem era. Sempre fui fiel a quem me era a mim, sempre acreditei na verdade, e hoje vejo-me entre um mar de mentiras do qual quero fugir mas ele quer-me afogar, vejo em cada gota de agua um dia que nao devia ter existido, um dia que nao era meu, vejo em cada respirar meu, dois a ficarem para trás.
Acabo por ir ao final do meu predio, num topo de onde vejo tudo, num topo alto, olho para baixo e nao resisto, tento pensar em mim mas o vento empurra-me para a frente, tento entao correr para trás, mas quando olho estão todos lá e numa tentativa de vingança com um dedo de cada um empurram-me e assim vou eu, como uma pena leve que voa pelo ar talvez para um merecido final.
Para me impedir e ajudar faltava toda a gente que nao sabe o que é o perdao. Olho para o chao com vergonha de olhar em frente, e apenas peço desculpa, foi por desespero, foi por amor.
E peço para que me olhem como me conheciam e nao pelo dia que fui louca, que olhem para o que eu digo e nao para o que eu faço, perdoem os meus erros e mantenham o meu sorriso. E choro , choro mais uma vez com medo porque tenho muito medo.

Eu tenho medo de crescer, tenho medo de saber. Tenho medo do amanha, tenho medo que nao gostes do meu perfume de maça. Tenho medo de quem fala mas tenho ainda mais medo do que é falado. Perdi o medo do destino, mas de repente tenho medo do futuro. Tenho medo de dormir, tenho medo de nao conseguir voltar a sorrir. Tenho medo da paixao, mas tenho muito medo que nao haja perdão.Tenho medo de o amanha nao existir mas tenho mais do que vai acontecer amanha. Perdi o medo dos outros, mas ganhei um  medo bem pior, hoje digo-te que tenho medo de mim, e de quem nao sabe de corações que tenham fim.
E eu perdi a coragem, perdi a vontade e perdi o sono. Sonhei que podia sonhar mas só tinha pesadelos, rezei para saber como sair do labirinto mas não deu resultado porque nao sabia rezar, pedi ajuda a quem estava á minha volta mas como chamei baixinho ninguém me ouviu, chorei e tentei parar mas como o coraçao tremia nao consegui e tive que continuar, pedi desculpa mas como ninguém gostava mesmo de mim nao souberam perdoar,voltei a chorar e em chamada me disseram para dar um passo em frente e voar, fi-lo, abri os olhos e o precipio já tinha ficado para trás.
porque? por loucura.
ganhei? perdi.
nao perdoaram? morri.

segunda-feira, 29 de março de 2010

eu só sei que nada sei

E quando tudo deixa de fazer sentido? as palavras esgotaram e hoje cansaste-me, já nao és nada sem ser memoria, tudo o que fomos os ventos levaram. O que ficou por fazer? nas folhas, que foram levadas com o vento, ficou escrito.

junta ao util o que nao é util, junta as coisas sem razao ás coisas com razao, tu vais tentar, mas não as vais conseguir juntar e eu vou-te dizer porquê e que nos descreve a nós também, vou-te dizer ao ouvido bem baixinho como se as paredes tivessem ouvidos e o tecto me caísse em cima se ouvisse, e tu não podes contar a ninguém, eu vou-te dizer 'não faz sentido e não fica bem', mas não perguntes porquê, até porque a razão e o saber estão longe e não é hoje que do saber vou chegar ao local da razão, talvez qualquer dia, mas não hoje.

Constante da revolta

sabes quando acaba tudo em cima de ti? sabes quando julgas que já não há razões para viver? sabes quando tudo o que tens desaparece? quando os que mais amas e que vivem contigo te julgam? sabes quando pensas que já nem sabes amar? sabes quando tudo a tua volta se transforma em nada? sabes o chegar ao fim e sempre sem veres nada a mudar? sabes o que é querer puxar o tempo atras e não conseguires? sabes o que é a falta do que nunca tives-te? oh, já se esgotou o saber, já me cansei de procurar pelas respostas e não as encontrar. Já me doem os olhos do choro, já me salta fora o coraçao numa tentativa de fugir da dor, o meu corpo queixa-se a todo o segundo das feridas, e as minhas cordas vocais revoltam-se de não puderem berrar mais. Não considero de imediato que é o meu fim, mas pensando em cada bocadinho do que está a acontecer acho que a minha vida tomou uma pausa.

domingo, 28 de março de 2010

Desilusão.

Pior que desiludirmo-nos a nós é desiludir os que mais confiam em nós.
É sentir que traímos a confiança de alguém ; mas foi sem querer , digo-o e volto a dizer vezes seguidas a mim propria , numa cabeça onda rondam os meus erros , onde os tento emendar, coser cada frincha e pôr tudo melhor, mas ainda faço pior, as frinchas e a dor teimam em ficar lá, em quererem magoar mais, tanto a mim como aos outros, e aí grito, grito bem alto para se afastarem de mim, digo para ignorarem a minha existencia. Mas ninguém se acredita e minutos depois vejo pessoas a chorar por minha causa, vejo o mundo a acabar em cima de mim, as paredes a controcerem-se, as janelas a partirem-se, ouço ao longe os gritos de quem ainda me quer ver mal, ouço coisas que ninguém mais ouve, vejo coisas que ninguém ve, e no fim mais uma vez desiludo-me e digo coisas que acabam por desiludir os outros.
Mas afinal que sou eu? Uma bruxa? Um bixo? Será que alguém comigo conseguirá confiar e gostar de mim?*

Vais acabar em breve, prometo.

Ontem ignoraste-me,
Hoje queixas-te,
não é dizer que te faço falta,
mas sentis-te a diferença.

Se para lá ficaram as conversas,
também para lá ficaram os apertos,
foram-se as promessas,
que ficaram por cumprir entre versos,
completamente imersos.

Sabias do que eu gostava,
mas nao o fazias,
conhecias os meus pontos fracos,
e nesses comias,
deixando-me, como se pessoas fossem sacos,
que no fim varrias.

Saber ouvir-te não era um dom,
era paciência,
estares comigo fazia parte da ciência,
deixar-te fazia parte dor
que cada vez que voltava vinha com mais furor.

Já não digo olá,
Já não digo adeus,

apenas o tempo vai levando cada pedaço teu,
é como se fosses com cada folha,
cada folha que contigo acaba mergulhada e morta numas poças,
que com cada sopro do meu respirar vai perdendo as forças,
e acaba caída ao meu pé,
sem porquê e sem fé.