sexta-feira, 18 de junho de 2010

sim, fala.

Fala, fala agora, fala logo e talvez depois outra vez. Oh, fala sem parar como se o tempo não andasse, como se o corpo não se mexesse, como se quem estivesse ao lado não se aborrecesse. E ensina-me, ensina-me a viver de novo, explica-me as novas regras, as casas pelas quais não devo passar, as prisões onde não devo ir parar, dá-me o dinheiro do monopólio e ensina-me a contar a numeração do amor, como se sentimos fosse algeria, euros sentimentos e milhões amor, ensina-me o aeiou do teu coração para eu poder preenche-lo de certos e rabiscos de paixão.
Sente e ajuda-me a sentir a tua pulsação.
Oh, que sejam minhas as tuas palavras e meu o teu coração, que se amanhã não me levantar também amanhã eu vou continuar a te amar. Pode vir quem quiser, podem vir forças superficiais, podem vir relâmpagos do tecto ou terramotos do fundo do mar que eu vou simplesmente olhar, vou olhar e vou ver-te á minha frente, não para sempre mas por momentos que colidem com o meu coração. Sempre foste pedra e eu diamante, sempre batemos pedra com pedra, sempre foi com determinação.
Tudo o que vem vai mas tudo o que vai vem, e só tu, só tu permaneces; e não, não digo isto de alma leve pois neste momento me enche o peito de raiva e grito 'DESAPARECE!'

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