quinta-feira, 8 de abril de 2010

Ontem, hoje e amanha.

Já pedi para voar mas não me deixaram, sonhei poder ler os pensamentos das pessoas mas não se chegou a concretizar. Ontem quis tornar-me pedra, quis ser pedra para ser dura e resistir a tudo, infelizmente eu quis mas não tive, continuo um ser frágil, inutil como todos, mas que chora sem esconder; Sou louca por natureza, ridicula por defeito, desastrada como a minha mãe, faço o mesmo que o meu irmão, e tento ser filha do meu pai, não me calo por ser assim, não páro porque não consigo, e sou telepática por signo, tudo o que sou sou, tudo o que não sou nem sempre venero assim como nem sempre desprezo.
Hoje queria virar-me ao contrário, queria virar monstro para a dor se assustar e fugir, não queria ser a lua e viver sozinha, mas queria ser grande e ser alguém, queria berrar bem alto tudo o que se esconde dentro de mim, contar a toda a gente a revolta que por cada vaso sanguineo passa, queria ajudar quem mais precisa, queria ser vista em vez de ser olhada, hoje queria encontrar verdadeiros sentimentos que por aí vagueiam.
Amanha vou tapar os ouvidos para o que está á minha volta, vou ignorar os invejosos, amar quem me odeia, venerar quem me despreza, há quem diga que sou defeciente, há quem diga que sou estranha, há quem me chame mil e uma coisas porém eu só preciso de uma palavra: diferença (...).

1 comentário:

  1. Adorei *.*
    "Sou louca por natureza, ridicula por defeito,..."

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